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LIÇÃO 13 - AVIVA, O SENHOR, A TUA OBRA

LIÇÃO 13 - AVIVA, O SENHOR, A TUA OBRA
Texto Áureo:
“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.” (Hc 3.2)
Leitura Bíblica em Classe: Habacuque 3.1-2, 16-19

Introdução: Habacuque recebe da parte do Senhor uma revelação, a qual não estava esperando da forma como ela veio. Ele sabia que Deus, pela desobediência do povo, já havia permitido duas investidas contra Jerusalém, as quais não foram cruentas. Porém, o profeta quando recebe essa revelação, certamente não, esperando algo tão cruento, como não foi nas duas primeiras, ele fica alarmado, pois essa terceira envolveria uma extrema devastação que ocorreria em toda Jerusalém, tanto com a destruição da cidade, como também do templo, além das centenas de mortos, como também o povo sendo levado cativo para a babilônia. A princípio o profeta teve a audácia de queixar-se, mas ao invés de receber uma repreensão do Senhor, ele recebe uma palavra de conforto, ânimo e segurança. Tanto ele se sentiu confortado pelo Senhor, animado e seguro, que pode entoar no seu cântico, sobre a figueira que não floresceria, e não mais gados no curral, que apontava as calamidades associadas ao exército invasor que se apoderou de todos esses alimentos. Em tudo daí graças, isso é agradável aos olhos do Senhor.

1. SE ESTAMOS SEM AÇÃO, O QUE FAZER É CLAMAR A DEUS

Habacuque 3.1- Oração do profeta Habacuque sob a forma de canto. Habacuque 3.2- Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.

O profeta recebe uma revelação de Deus, que o deixou atônito, pois envolvia um juízo terrível que viria sobre o povo judeu. Isso o deixou sem ação por alguns instantes, mas logo ele se recupera, e entoa um clamor em forma de cântico para expressar o seu temor pelo, o que havia de vir, ou seja, algo realmente assustador. Judá, devido à sua desobediência e ofensa a Deus, estava longe de ser um povo avivado, e não tinha mais como escapar do castigo que viria sem misericórdia. Deus diz, terei misericórdia de quem Eu decidir ter misericórdia e compaixão de quem eu desejar ter compaixão. É compreensível a reação do profeta quando ficou alarmado e com medo, ao saber que a nação favorecida pelo Senhor sofreria destruição. Mesmo sabendo que o Senhor era com ele, tendo sido assegurado que o justo viverá pela fé, foi apavorante para ele o juízo eminente que viria, o qual era sem misericórdia. Porém, ele entendeu, apesar de estar sobressaltado, que todo esse acontecimento era uma obra dentro dos propósitos divinos, a qual tinha que ser realizada apesar de tudo. O clamor por avivamentos contínuos através dos anos, fala de uma nova vida para israel, mas escatologicamente aponta para as obras que se seguiriam dentro dos propósitos divinos. O povo eleito de Deus, tanto como israel, como também agora a igreja, pode ser chamado obra das suas mãos e quando essa obra parecer morta, vem o clamor; aviva-nos.  

2. A FÉ É NECESSÁRIA QUANDO DEUS ANUNCIA SEUS JUÍZOS  

Habacuque 3.16- Ouvindo-o eu, o meu ventre se comoveu, ‘à sua voz tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e estremeci dentro de mim; descanse eu no dia da angústia, quando ele vier contra o povo que nos destruirá. 

O profeta entra em profunda comoção pelas coisas terríveis que iam acontecer em Jerusalém. Foram três investidas que o Rei Nabucodonosor ordenou contra a Jerusalém, como segue: primeira investida em 606 a.C. levou os nobres de Jerusalém; a segunda em 597 a.C. levou os utensílios do templo; a terceira em 586 a.C. foi a mais cruenta, quando cercou a cidade com suas tropas por quase um ano e meio, e isso provocou um desabastecimento, com o povo sem água e comida, chegando ao ponto de praticar o canibalismo, cozinhando os próprios filhos como forma de alimento. (As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo. Lamentações 4:10) O mais rigoroso juízo foi a derradeira investida, a qual foi a mais rigorosa e impiedosa praticada pelos babilônios, a qual deixou o profeta extremamente abalado. 

3. OS JUSTOS NÃO DEVEM TEMER SE VEM AS ADVERSIDADES

Habacuque 3.17 - Porquanto, ainda que a figueira não floresce; e, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, Habacuque 3.18- todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. 

Habacuque era um profeta avivado, o qual mesmo com as revelações de como seria os juízos aplicados pelo Senhor, ele manteve a fé e a confiança em Deus. Com o cerco imposto pelos babilônios, onde não saia, nem entrava nada em Jerusalém, todos os campos de cultivo, como também os rebanhos, acabaram servindo de alimentos para as tropas dos caldeus, no longo período de cerco. Vejam que diante de tudo isso, mesmo tendo que se privar-se de muita coisa, o profeta não murmurou, muito pelo contrário, ele regozijou-se no Senhor, porque a sua fé estava totalmente firmada nEle.

4. DEUS FORTALECE A TODOS OS QUE NELE TÊM CONFIANÇA

Habacuque 3.19- Jeová, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. […]

Quem está avivado, é porque é fortalecido pelo Senhor, o qual sustenta a sua conduta de uma maneira vibrante, expressando sua confiança de que o livramento acontecerá e se efetuará no tempo certo. Ele sofreria perdas materiais, mas a sua realidade era para as coisas espirituais, incluindo primeiramente a sua salvação, que é maior bênção que alguém pode ter, porque é ela que une a nossa vida com Deus. O profeta sofreu uma transição de queixoso, para jubiloso, pois entendeu a obra da graça do Senhor, pois apesar de tudo esta graça estaria presente, para que restasse um povo remanescente, mesmo no cativeiro. É pela fé que vemos o triunfo final, mesmo no meio da tribulação, pois a esperança é sempre nutrida pela palavra de Deus em nós. Apesar de muitos reveses que temos que enfrentar em nossa caminhada, não seremos conquistados, mas sim seremos conquistadores, como também não seremos dominados, mas sim seremos dominadores em nossa luta contra as entidades malignas. Os reveses mais horrendos que tenhamos que enfrentar, nunca irá romper a nossa confiança na vitória final, que o Senhor nos garante. 

Pastor Adilson Guilhermel


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