LIÇÃO 08 - JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA

LIÇÃO 08 - JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA

Texto Áureo: Mateus 4.23 E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

Leitura Bíblica: João 1.43-51; Mateus 26.37,38,42

Introdução: A experiência humana de Jesus veio desde o seu nascimento, a sua infância, seu ofício como carpinteiro, coisas que já conhecemos, mas o importante é falar da sua humanidade, onde os evangelhos o descrevem como tendo emoções humanas, como alegria, tristeza, raiva e compaixão. Ele sentiu fome, sede e cansaço, demonstrando sua natureza humana. Jesus também enfrentou tentações e provações, mas sempre permaneceu fiel a Deus. A encarnação de Jesus, sua vinda ao mundo como homem, é um aspecto central da fé cristã. Ao viver como humano, Jesus pôde compreender e compartilhar nossas fraquezas e sofrimentos. Sua morte e ressurreição oferecem a esperança de salvação e vida eterna para todos que crêem nele. Bíblia ensina que Deus é amor  e que esse amor se manifestou de forma suprema em Jesus Cristo. Sua vinda ao mundo é a prova do amor incondicional de Deus pela humanidade. O pecado, desde a queda de Adão e Eva, trouxe diversos males ao mundo: dor, sofrimento, doença, morte e separação de Deus. Jesus veio para reparar esses males, oferecendo perdão, cura, esperança e reconciliação com Deus. Jesus não apenas curava doenças físicas, mas também feridas emocionais e espirituais. Ele restaurava a dignidade das pessoas, libertava-as de seus pecados e transformava suas vidas. Os evangelhos mostram que Jesus sempre teve compaixão das pessoas e que sua vontade era curar e restaurar. Não havia hesitação ou dúvida em seu coração quanto a isso. A Bíblia relata inúmeros casos de cura realizados por Jesus: cegos que voltaram a ver, paralíticos que voltaram a andar leprosos que foram purificados, doentes que foram sarados. Esses milagres são sinais do Reino de Deus e da vitória sobre o pecado e a morte. A vinda de Jesus nos traz esperança de cura e transformação em todas as áreas de nossa vida. Sua presença continua presente através do Espírito Santo, que nos capacita a viver uma vida de amor, perdão e serviço.

1. MEIO COMO OS APÓSTOLOS FORAM ATRAÍDOS ATÉ JESUS CRISTO.

João 1.43 No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me. João 1.44 E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. João 1.45 Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. João 1.46 Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê. João 1.47 Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. João 1.48 Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira. João 1.49 Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. João 1.50 Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.

A Bíblia nos mostra que os apóstolos de Jesus foram atraídos a ele de diversas formas, cada um com sua própria história de encontro e chamado. Seus caminhos se cruzaram com o Mestre por meio de pregações, relacionamentos e até mesmo por um chamado direto. A pregação de João Batista, que anunciava a chegada do Reino de Deus e o Messias, atraiu muitos seguidores, incluindo alguns dos futuros apóstolos de Jesus. Ao apontar para Jesus como o "Cordeiro de Deus", João indicou o caminho para aqueles que buscavam a verdade. Felipe, por sua vez, encontrou Natanael e o convidou a conhecer Jesus. Apesar do ceticismo inicial de Natanael, ele aceitou o convite e se tornou um dos apóstolos. Alguns apóstolos, como Mateus, foram chamados diretamente por Jesus. Mateus, um cobrador de impostos, foi surpreendido por Jesus, que o chamou para segui-lo. Esse encontro transformador o levou a deixar sua vida para trás e se juntar ao grupo dos apóstolos. A forma como cada apóstolo foi atraído a Jesus revela a diversidade de caminhos que podem levar a um encontro com o divino. Seja por meio de pregações, relacionamentos ou um chamado pessoal, a história dos apóstolos nos mostra que Jesus se revela a cada um de nós de maneira única e especial. Os apóstolos, após serem chamados por Jesus, tornaram-se seus seguidores mais próximos e testemunhas de seus ensinamentos, milagres e ressurreição. Eles desempenharam um papel fundamental na propagação do cristianismo após a ascensão de Jesus, levando a mensagem do Evangelho a diferentes partes do mundo. Filipe era de Betsaida, a mesma cidade de André e Pedro, o que sugere que eles poderiam se conhecer. Filipe encontra Natanael e compartilha importante notícia de que encontraram o Messias, aquele de quem Moisés e os profetas escreveram: Jesus de Nazaré, filho de Maria. Natanael questiona a possibilidade de algo bom vir de Nazaré, uma cidade pequena e sem grande reputação. Filipe não argumenta, mas simplesmente convida Natanael a ir e ver por si mesmo: "Vem e vê". Filipe compartilha sua experiência com Jesus e convida Natanael a ver por si mesmo. O testemunho pessoal é um importante meio de despertar a fé. Natanael era um homem dedicado ao estudo das Escrituras e à meditação sobre os ensinamentos de Moisés e dos profetas. Sua mente e coração estavam abertos à verdade e à espera do Messias prometido. Antes mesmo de se encontrar com Natanael, Jesus já o conhecia. Ele o viu sentado debaixo de uma figueira, um lugar de paz e meditação, onde Natanael provavelmente ponderava sobre as Escrituras. Ao se encontrar com Jesus, Natanael é surpreendido por sua capacidade de conhecer seus pensamentos e seu coração. Jesus o elogia como um "verdadeiro israelita" e revela que o viu debaixo da figueira. Diante da revelação de Jesus, Natanael reconhece sua divindade e o proclama como "o Filho de Deus" e "o Rei de Israel". Sua fé é despertada não apenas pelo testemunho de Filipe, mas também pelo conhecimento e pela graça de Jesus. Jesus promete a Natanael que ele verá coisas maiores do que aquelas que o levaram a crer. Essa promessa se estende a todos nós, mostrando que a fé em Jesus nos leva a experiências cada vez mais profundas e transformadoras. A história de Natanael nos ensina sobre a importância da busca pela verdade, da abertura ao novo e da fé em Jesus. Assim como Natanael, podemos encontrar Jesus em nossos momentos de estudo, meditação e oração.

2. A PROMESSA DE JESUS QUANTO AO CÉU ABERTO E OS ANJOS.

João 1.51 E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.

Jesus está sempre nos mostrando maiores cousas. Ele guia seus discípulos para a frente e para o alto, porque Ele mesmo é a escada de ascensão a Deus. A imagem de Jesus como a "escada de ascensão a Deus" é rica em significado. Ela nos lembra da história de Jacó, que em seu sonho viu uma escada que ligava a terra ao céu (Gênesis 28:10-22). Jesus, em sua própria natureza divina e humana, é essa ponte que nos permite chegar a Deus. Ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Ao longo dos evangelhos, Jesus repetidamente promete aos seus discípulos que eles verão "coisas maiores" (João 1:50, 14:12). Isso não se refere apenas a milagres e prodígios, mas também a um entendimento mais profundo de Deus, do seu amor e do seu plano para a humanidade. A vida cristã é um caminho de contínuo crescimento espiritual. Assim como uma escada nos leva a níveis mais altos, Jesus nos guia para uma fé mais madura, um amor mais profundo e uma esperança mais viva. Esse processo envolve: Estudar a Bíblia, orar e buscar a Deus nos ajuda a conhecer Jesus e seus ensinamentos. Seguir os mandamentos de Jesus e viver de acordo com a sua vontade nos leva a uma vida de santidade e propósito. Assim como subir uma escada exige esforço, o crescimento espiritual também requer dedicação e perseverança. Enfrentaremos desafios, dúvidas e tentações ao longo do caminho. Mas Jesus nos encoraja a confiar nele, pois ele está sempre conosco, nos capacitando a subir cada degrau. Jesus está sempre nos mostrando maiores coisas e nos convida a manter nossos olhos fixos nele, o autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:2). Ele é a fonte de toda sabedoria, graça e poder. Ao seguirmos seus passos, somos transformados à sua imagem e nos tornamos capazes de realizar as "maiores coisas" que ele prometeu. Jesus não apenas nos mostra o caminho para Deus, mas ele mesmo é o caminho. Ele nos convida a subir a escada da fé, prometendo que a cada passo encontraremos mais de sua graça, seu amor e sua verdade. Que possamos aceitar esse convite e seguir Jesus rumo a "coisas maiores" que ele preparou para nós!

3. A HORA DA CARNE E COMUNHÃO DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO

Mateus 26.37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.

Mateus 26.38 Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. Mateus 26.42 E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.

A hora em que a carne era fraca, nos remete à experiência de Jesus no Jardim do Getsêmani, momentos antes de sua prisão e crucificação. Ali, Jesus, mesmo sabendo do que estava por vir, expressou sua angústia e sofrimento, pedindo ao Pai que, se possível, afastasse dele aquele cálice (Mateus 26:39). A expressão "a carne era fraca" em Mateus 26.41 revela a natureza humana de Jesus, que, apesar de sua divindade, também experimentou as mesmas emoções e fragilidades que nós. Sentiu medo, tristeza e angústia diante da perspectiva da dor e da morte. A vida humana é marcada por uma profunda ligação entre nossos momentos de alegria e louvor  e nossos momentos de dificuldade e provação. Assim como Jesus passou da ceia com seus discípulos para o Getsêmani, nós também alternamos entre momentos de celebração e momentos de luta. A passagem do Getsêmani nos mostra que a fé não nos isenta do sofrimento. Jesus, o próprio Filho de Deus, experimentou a dor e a angústia em sua forma mais intensa. No entanto, ele não se entregou ao desespero, mas buscou forças em Deus através da oração. Paulo, em suas cartas, expressa o desejo de conhecer a "comunhão dos sofrimentos de Cristo" (Filipenses 3:10). Isso significa participar da dor de Cristo, compreender seu sofrimento e unir nossos próprios sofrimentos aos dele. O que Jesus deseja de nós é uma solidariedade motivada pelo amor. Ele quer que estejamos dispostos a estar ao seu lado, mesmo quando não entendemos tudo o que se passa em seu coração. Quer que sejamos como os discípulos que, apesar do sono, permaneceram com ele no Getsêmani, demonstrando seu amor e apoio. A história de Jesus no Getsêmani nos ensina que a fé não nos isenta da dor, mas nos fortalece para enfrentá-la. Ao buscarmos a comunhão dos sofrimentos de Cristo, podemos encontrar força e esperança em meio às nossas próprias dificuldades. Que possamos aprender com Jesus a confiar em Deus, mesmo nos momentos mais difíceis, e a amar uns aos outros como ele nos amou. Notemos que, embora o cálice pareça preparado e apresentado por mãos humanas, o Senhor não se limitou a ver apenas esse aspecto dele, porque reconhecia que seu Pai tudo permitiria. É esse reconhecimento que remove o fel do cálice mais amargo. Na mesma frase Jesus os repreendeu por dormir e os convidou a se levantarem. Era como se ele soubesse e sentisse que, embora o passado não voltasse mais, futuras oportunidades e provas estariam esperando por eles todos. Ele e os discípulos as enfrentariam juntos. Embora sejamos indignos, ele está sempre a nos dizer. Vamos. É essencial notarmos como Jesus, em meio à imensa aflição, não se fixa apenas no sofrimento imediato, naquele cálice que parecia ter sido preparado por mãos humanas. Ele transcende a dor física e emocional e reconhece que, por trás de tudo, existe a vontade de seu Pai. Essa compreensão é fundamental para remover o fel do cálice mais amargo. Mesmo diante da iminência da traição e do sofrimento, Jesus se volta para seus discípulos, que se encontravam em sono profundo, exaustos. Ele os repreende com mansidão, mas, simultaneamente, os convida a se levantarem. Era como se, em seu coração, Jesus soubesse que, apesar daquele momento de fraqueza, novas oportunidades e provações os aguardavam. E ele estaria com eles, como sempre esteve. Essa pequena palavra, "vamos", carregada de tanto significado, ecoa através dos tempos e chega até nós. Jesus, em sua infinita misericórdia, não nos abandona em nossa indignidade. Ele nos chama, nos convida a segui-lo, a enfrentarmos juntos os desafios que a vida nos apresenta. A atitude de Jesus nos ensina sobre solidariedade e esperança. Ele não apenas compreende nossas fraquezas, mas se solidariza conosco, caminha ao nosso lado. E, mesmo quando o cálice da vida se apresenta amargo, ele nos lembra que não estamos sozinhos. O Exemplo de Jesus: Jesus é o exemplo perfeito de como enfrentar os momentos mais difíceis da vida. Ele nos ensina a: Confiar na vontade do Pai: Acima de tudo, buscar compreender e aceitar os planos de Deus para nós, mesmo que não os entendamos completamente. Manter a fé: Mesmo em meio à dor e à incerteza, continuar acreditando que Deus está conosco e que ele tem o controle de todas as coisas. Amar e perdoar: Assim como Jesus perdoou seus discípulos por terem dormido em um momento tão crucial, aprender a perdoar aqueles que nos magoam e nos decepcionam. Seguir em frente: Não se deixar paralisar pelo medo ou pela dor, mas seguir em frente, com a certeza de que Jesus está conosco em cada passo do caminho.


Pastor Adilson Guilhermel.