LIÇÃO 07 - A RESPONSABILIDADE DA IGREJA COM OS
MISSIONÁRIOS
Texto Áureo: “Então, enquanto temos tempo, façamos
o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” (Gl 6.10)
Leitura Bíblica em Classe: 1 Coríntios 9.9-14
Introdução: Em se tratando
de obra missionária podemos dizer que cada local de culto, ou igreja
organização, já é necessariamente uma agência missionária, onde na vizinhança e
nas circunvizinhanças, é feito o trabalho de evangelização. Em se tratando de
enviar missionários para outros países, não é tão fácil como alguns podem
pensar, pois, primeiro: tem que ter chamada de Deus para isso, segundo: preparação
teológica, terceiro: saber idioma do lugar, quarto, lugar para morar, quinto:
recursos para alimentação, locomoção e muito mais, isso se for sozinho, pois se
no caso for casado e como filhos, a despesa é dobrada ou triplicada. Agora só
quem poderia arcar com tudo isso teria que ser um ministério com grandes
recursos financeiros, ou que já tenha uma igreja no lugar onde o missionário
for enviado. Em muitos países já existem igrejas evangélicas com toda estrutura
para realizar a sua obra evangelizadora já estando supridas de missionários.
Portanto é de conhecimento que há ministérios que enviaram irmãos ou irmãs como
missionários para determinado lugar sem qualquer estrutura de apoio logístico
e, esses ficam desorientados e acabam se apresentando em algum ministério já
estabelecido se oferecendo ao líder da igreja para servir ali e isso vai
depender de ser aceito ou não. Há casos de missionários que foram enviados e em
algum tempo foram esquecidos por lá, sem nenhum recurso financeiro. Esses
lideres que enviaram o irmão para missões, principalmente nos cultos de ceia,
tiram ofertas de missões, porém eles retém essas ofertas sem nada enviar para
aquele que está no campo missionário. Nesses casos, o envio de missionários
pode ser menos necessário, pois as igrejas locais podem ser capazes de levar o
evangelho às pessoas de forma eficaz.
1. NÃO FICAMOS SEM AQUILO QUE DAMOS, DEUS ABENÇOA QUEM
DÁ.
1 Coríntios 9.9 - Porque na lei de Moisés está
escrito: Não atarde a boca ao boi que trilha o grão. Porventura, tem Deus
cuidado dos bois? 1 Coríntios 9.10 - Ou não o diz certamente por nós?
Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com
esperança, e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante.
Com relação a contribuição a quem se
dedica a fazer missão em prol do reino de Deus. O apóstolo Paulo faz uso da lei
de Moisés para ilustrar um princípio estabelecido de não negar a provisão para
os servos que labutam pela obra do Senhor. Se o boi se beneficia de seu trabalho
físico, por acaso os servos de Deus também não devem se beneficiar de seu
trabalho espiritual? O lavrador e o segador trabalham na esperança de
compartilhar da colheita. Deus não está preocupado com os bois, isso não
significa que Ele não tem interesse na alimentação dos animais, pois a palavra
diz que os animais tanto alados como terrestres tem o seu sustento. Aqui, a
preocupação de Deus não é com os animais, mas sim com os seus trabalhadores do evangelho.
Ele quer ter a certeza de que os bois são pagos por seu trabalho, quanto mais
os seus trabalhadores em serem compensados pelo que produzem.
2. QUEM SEMEIA RECURSOS COLHE UMA SAFRA DE AÇÕES DE
GRAÇA.
1 Coríntios 9.11 - Se nós vos semeamos as coisas
espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? 1 Coríntios 9.12 - Se
outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas
nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos
impedimento algum ao evangelho de Cristo.
Digno é o trabalhador na obra de Deus
de receber o seu salário, porém Paulo abriu mão de todos esses privilégios para
evitar murmuração contra ele por aqueles que podem ser chamados de avarentos.
Têm muitos que só querem bênçãos, mas não querem abençoar. Nesse caso agindo
assim só vão ficar querendo, pois as bênçãos divinas são condicionais ao que
semeamos. Paulo tinha o direito de aplicar esse princípio para si mesmo, pois
se os homens devem ser pagos pelo seu trabalho, com certeza os homens que
trabalham para Deus, também devem ser pagos pelo seu trabalho. Porém havia
resistência do povo que recebia as coisas espirituais do apóstolo, em abençoá-lo
com seus recursos para que ele tivesse mais disponibilidade em avançar com a
sua obra missionária. Mas para evitar murmurações a respeito de sustentá-lo,
Paulo tirava uma parte do seu precioso tempo, em fazer tendas para vender e
assim ter os recursos para a sua sobrevivência física. Ser sábio com as nossas
doações para a obra do Senhor faz parte da mordomia cristã e quando damos os
recursos para aquele que é digno devemos dar com alegria e com generosidade,
pois isso agrada o dono da bênção, que é o Senhor Deus. Os cristãos que dão
generosamente para a obra do Senhor com certeza serão abençoados.
2. A LIBERALIDADE TEM O RETORNO DAS BOAS DÁDIVAS DO
SENHOR.
1 Coríntios 9.13 - Não sabeis vós que os que
administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo
estão junto ao altar participam do altar? 1 Coríntios 9.14 - Assim ordenou
também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.
No Antigo Testamento todos que serviam no Templo eram sustentados pelos os que se beneficiavam dos serviços que eram ministrados pelos sacerdotes e seus ajudantes. O povo compartilhava com generosidade se eles servissem com fidelidade. Pelo trabalho árduo realizado pelo apóstolo ele tinha muitas razões em justificar o seu direito em ser sustentado, mas prudentemente para evitar qualquer oposição, prudentemente renuncio a esse direito. Em todo seu ministério, ele continuou evangelizando por todos os cantos, suportando todas as necessidades que passava, sem reclamar ou exigir o seu direito. Como fabricante de tendas, ele angariava recursos não só para o seu sustento, mas também para aqueles que trabalhavam junto na obra. Essa questão de sustentar quem trabalha na obra, não é coisa do homem, mas de Deus, pois Ele diz na sua palavra, que os que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. Paulo no caso renunciou esse direito, por causa do evangelho, para que não houvesse razões, ou pensamentos de que ele estava pregando o evangelho por motivos financeiro para si próprio.
Pastor Adilson Guilhermel.