LIÇÃO 07 - ESTEVÃO - UM MÁRTIR AVIVADO
TEXTO ÁUREO: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo […] disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem que está em pé à mão direita de Deus.” (At 7.55,56)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 6.8-10; 7.54-60
Introdução: Estevão foi um dos discípulos de Jesus, o qual durante os três anos do seu ministério terreno, teve o privilégio de aprender a palavra de Deus, com o Mestre dos Mestres. Ele foi um dos cento e vinte que estavam no cenáculo aguardando a descida do Espírito Santo para serem revestidos com o poder vindo do alto. No cenáculo quando todos aguardavam a descida do Espírito Santo, Estevão foi revestido de poder e com conhecimento que tinha recebido do mestre ele foi dotado com o dom da palavra da sabedoria. Estevão foi um dos sete diáconos separados para atender principalmente as viúvas de língua grega. Esteve atuando num breve Ministério, foi o primeiro mártir da igreja primitiva. Ele começou a se desenvolver em seu Ministério, entre os judeus de língua grega e foi o primeiro pregador helenista. Foi um ministério breve, mas que teria uma continuidade por alguém que ninguém poderia imaginar, pois foi aquele jovem chamado Saulo, que estava lá presente quando Estevão foi apedrejado. Saulo estava predestinado pelo Senhor a ser aquele que daria continuidade ao ministério de Estevão e foi num encontro com Cristo que ele se converteria e daria sequência a esse Ministério de Estevão. Saulo reunia qualificações assim com Estevão para ser o pregador voltado aos judeus e gentios de língua grega. O trabalho de Estevão que estava produzindo muitos frutos mas foi interrompido abruptamente por judeus de língua grega que se reuniam numa sinagoga onde Estevão pregou e como a sua prédica não foi bem recebida por eles, começaram a fazer oposição contra ele. Pelo Espírito Santo, Estevão operava prodígios e sinais e maravilhas, mas o que provocou a ira dos seus opositores foi a palavra de Deus que ele pregava. Isto porque milagres, prodígios e maravilhas são exceção porque a regra é a palavra, assim como foi com Cristo que fazia sinais, prodígios e maravilhas, mas a regra era a palavra. E quem prega a verdadeira palavra sempre enfrenta oposições. Esta oposição veio não pelos milagres, mas sim, devido à pregação de Estêvão. Esses opositores eram judeus membros da sinagoga dos libertos, os quais tinham outros grupos individuais de sirene Alexandre e Sicília. Estes judeus que se opuseram a Estevão se julgavam vigilantes na defesa da lei de Moisés e do templo e outras observâncias religiosas. Eles debateram com Estêvão pontos doutrinários em relação à sua prédica e Estêvão rebateu os argumentos dirigidos a usando as escrituras. Na realidade essa oposição a Estevão, era uma oposição ao Espírito Santo e, isso é perceptível que havia uma ação de Satanás agindo usando pessoas contra aquele que pregava a palavra do Senhor. A palavra do Senhor não é como a cura, milagres e prodígios que não edificam ninguém mas pelo contrário a palavra do Senhor edifica e fortalece as pessoas e, isso é o que Satanás não quer. Os opositores cheios de ira providenciaram testemunhas falsas contra Estevão e o levaram perante o sinédrio para ser julgado pelo pecado de blasfêmia, o que incorreria numa sentença de morte por apedrejamento. Esses opositores de Estevão são helenistas que vieram da dispersão. Estevão foi um verdadeiro discípulo de Cristo que teve a firmeza de enfrentar falsas acusações e falsas testemunhas que o estavam acusando de blasfêmia contra Moisés e contra o templo e segundo as leis a penalidade por blasfêmia seria a morte por apedrejamento. Foi um testemunho falso que eles prepararam para tirar Estevão de cena, mas na realidade quem estava oculto instigando esses homens era Satanás. Mesmo as pessoas que ouviram e que viram as operações de curas e milagres acreditaram nas falsas acusações e se voltaram contra Estevão. A palavra diz que todos foram alvoroçados e o prenderam levando perante o Sinédrio. Foi preso pelo Capitão da guarda do templo e os soldados o levaram ao sinédrio e ali foi julgado à revelia como fizeram com Jesus que também foi julgado pelos seus opositores com acusações falsas. Estevão não se limitou a ficar somente no diaconato, que foi somente o início da sua curta e vitoriosa carreira que finalizou como um grande Evangelista.
1) O CRISTÃO AVIVADO SE RECONHECE QUANDO EXERCE SEU OFÍCIO COM OUSADIA.
Atos 6.8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6.9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. Atos 6.10 - E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Todos que são comissionados pelo Senhor para fazer a sua obra sempre terão um começo que não é fácil, pois a nossa luta envolve as forças espirituais da maldade, mas como temos uma continuidade nessa luta as coisas vão ficando mais difíceis ainda. Foi o caso de Estevão que começou como diácono, mas Deus o queria como um evangelista e ele desempenhou o seu ofício com ousadia, pois é assim que se bate de frente com as forças contrárias tanto do reino espiritual como do reino físico. Ao ser afrontado pelas autoridades, ele não se intimidou e começou a fazer um discurso extraordinário em sua defesa e daquilo que pregava. Os seus opositores viram na sua própria ignorância que o anúncio sobre Jesus Cristo pregado por Estevão tinha se tornado uma ameaça a todo sistema religioso judáico e, não tinham argumentos para resistir à sabedoria desse homem de Deus. Era o Espírito que dava a Estevão a sabedoria para falar tão eficazmente de modo que eles não tinham resposta para os seus argumentos baseados na palavra de Deus. Desse modo não podiam competir com a argumentação de um homem inspirado pelo Espírito Santo. Estevão teve que enfrentar oposições e oponentes irados e isso nos leva a entender como o inimigo joga sujo, como foi lá no julgamento que fizeram contra Jesus onde o Sinédrio acatou as acusações e proferiu a sentença. Aqui no caso do julgamento de Estevão eles usaram também de meios desonestos para instigar a multidão para que Estevão tivesse uma morte por apedrejamento fazendo o uso da lei. Foi acusado por falsos testemunhas pelo pecado de blasfêmia contra Moisés e contra o templo o que era algo grave aos seus olhos e, assim investiram contra ele e o prenderam levando ao conselho, ou seja, como não tinham nenhuma acusação verdadeira usaram falsas testemunhas que foram subornadas para estar afirmando acusações contra o homem de Deus
2) O CRISTÃO AVIVADO NÃO SE CURVA DIANTE DAS AMEAÇAS DOS SEUS OPOSITORES
Atos 7.54 - E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele. Atos 7.55 - Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus Atos 7.56 - e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé a mão direita de Deus. Atos 7.57 - Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele. Atos 7.58 - E, expulsando-o da cidade, o apedrejaram. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
Aqui vemos um contraste entre ser preenchido com raiva e ser cheio do Espírito, entre cegueira espiritual e visão espiritual, entre a morte e a vida, e entre o amor e o ódio. As palavras de Estevão na realidade estavam desmascarando uma espiritualidade falsa e expondo os seus opositores como sendo hipócritas e blasfemos. A ira era tão grande que chegaram ao ponto de ranger os dentes contra ele e, com isso, expressavam a sua raiva e frustração contra ele. Os opositores de Estevão, mesmo com toda uma argumentação irrefutável, continuaram resistentes e insensíveis com a mensagem do evangelho que ouviam. Estevão era cheio do Espírito e mesmo em meio aquela fúria da multidão contra ele, comportou-se calmamente totalmente entregue ao controle do Espírito. Quem tem uma vida com Deus não precisa fazer ajuste em sua vida, quando chega a hora de enfrentar a morte. Quem milita na causa de Cristo, não foge de situações difíceis, pois sempre tem o encorajamento do Espírito Santo para enfrentar qualquer circunstância. O crente cheio do Espírito sempre busca as coisas do alto, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Estevão estava nessa condição e cheio de fé ele olha para o alto e pode ver com os seus próprios olhos que não estava só, quando viu a glória de Deus, e Jesus em pé à mão direita de Deus. O Sinédrio mas uma vez, após ter tentado silenciar Cristo, agora também injustamente tenta silenciar Estevão que pregava a verdade, mas por mais que tentem silenciar a verdade, jamais conseguirão esse feito. Assim eles tomaram Estevão e o levaram para fora da cidade para descarregarem a sua fúria com a morte por apedrejamento. O jovem Saulo estava no local da execução por apedrejamento, sem a idéia de que seria ele, que após o encontro com Cristo em Damasco, se tornaria aquele que daria continuidade ao ministério de Estevão.
3) O CRENTE AVIVADO TEM PLENA CONFIANÇA NAQUELE QUE O SEPAROU PARA A OBRA.
Atos 7.59 - E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Atos 7.60 - E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
Estevão já no último suspiro, rogou ao Senhor para que recebesse o seu espírito e tomando o exemplo de Cristo, orou pelos seus opositores pedindo ao Pai que não lhes imputa-se aquele pecado. Ele suportou os últimos momentos de sofrimento todo ferido com o apedrejamento, sabendo estar nos momento finais da sua vida, como uma ovelha muda que vai ao matadouro, num estado consciente de que em instantes estaria no céu diante da presença do Senhor. Tinha a confiança e certeza de que seria imediatamente à presença do Senhor, o qual em toda a sua breve carreira combateu o bom combate, e guardou a fé.
Elaborado pelo Pastor Adilson Guilhermel
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