LIÇÃO 06 - PAIS ZELOSOS E FILHOS REBELDES
Texto Áureo: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque
isto é agradável ao Senhor.” (Cl 3.20)
Leitura Bíblica em Classe: Juízes 13.1-7,24; 14.1-3
Introdução: Provérbios 22.6 “Ensina a criança no caminho
em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele.” A
insistência na formação moral que os pais dão à criança é um dos pontos fortes
implementados na educação que é uma responsabilidade deles. Seria reconfortante
para os pais o cumprimento dessa palavra, quando diz que quando crescer não se
desviará dele. Embora com todo esforço e dedicação dos pais na educação e
formação dos filhos, esta palavra não deve ser interpretada como uma garantia absoluta.
Isto porque o ambiente salutar que a criança conviveu, nem sempre ao chegar na
idade mais adulta ele vai considerar a educação que recebeu dos seus pais.
Deus não obriga ninguém a segui-lo ou aceitá-lo, pois foi dado a todos o
direito da livre escolha, embora fica sempre disponível a sua graça para
acolher a todos que venham a Ele. Deus disse que todos que vierem a Ele, de
maneira alguma, serão lançados fora. Os filhos devem ser alertados que o quinto
mandamento que diz: honra teu pai e tua mãe, a
fim de que tenhas vida longa na terra que Jeová teu Deus te dá.
1. UMA SEQUENCIA DE PECADO, JUÍZO, ARREPENDIMENTO E LIVRAMENTO.
Juízes 13.1 – E os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia
mal aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou na mão dos filisteus por
quarenta anos.
Entre a morte de Josué e a subida de Saul ao trono, Israel foi
presidido por um período de cerca de trezentos e cinquenta anos, por quatorze
juízes, não sequencialmente, pois quando um morria nunca tinha um sucessor
pronto para assumir. Entre um juiz e outro sempre tinha uma lacuna de vários
anos, até que Deus constituísse outro segundo a sua vontade. Depois da morte de
Josué, Israel ficou sem um líder e com isso cada um fazia o que bem-queria,
pois não tinham uma voz de comando para guiá-los e com isso, o povo caia no
pecado e caindo no pecado, Deus permitia que tribos cananeias, os dominassem e os
oprimissem. Era uma forma de o povo cair em si e arrependidos buscassem o
socorro em Jeová, o qual levantava um Juiz como libertador da opressão
estrangeira. O povo de Israel estava sob a dominação dos Filisteus, mas eles
estavam acomodados e não clamaram ao Senhor por libertação. Se os filisteus
fossem mais opressores e severos com os israelitas, certamente eles teriam
clamado por libertação. Nesse caso, os filisteus, vendo que os israelitas não
intencionavam qualquer rebelião, entenderam que eles aceitaram essa condição de
estarem escravizados pacificamente.
2. OS PAIS DE SANSÃO NÃO TINHAM SIDO ABENÇOADOS COM UM FILHO
Juízes 13.2 – E havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome
era Manoá; e sua mulher era estéril e não tinha filhos. Juízes 13.3 – E o Anjo
do Senhor apareceu a esta mulher e disse-lhe: Eis que, agora, é estéril e nunca
tens concebido; porém conceberás e terás um filho. Juízes 13.4 – Agora, pois,
guarda-te de que bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda. Juízes 13.5
– Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará
navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre e ele começará
a livrar Israel da mão dos filisteus. Juízes 13.6 – Então a mulher entrou e
falou a seu marido, dizendo: Um homem de Deus veio a mim, cuja vista de um anjo
de Deus, terribilíssima; e não lhe perguntei de onde era, nem ele me disse o
seu nome. Juízes 13.7 – Porém disse-me: Eis que conceberás e terás um filho,
agora, pois, não bebas vinho nem bebida forte e não comas coisa imunda; porque
o menino será nazireu de Deus, desde o ventre até o dia da sua morte. Juízes 13.24
– Depois, teve esta mulher um filho e chamou o seu nome Sansão; e o menino
cresceu e o Senhor o abençoou.
Missões importantes Deus envia um anjo, como foi em outras
ocasiões, com promessas ao casal de terem um filho, que seriam separados e
instruídos para atender o seu propósito. Esse Anjo que visitou a esposa de
Manoá é citado como o Anjo do Senhor, ou seja, uma teofania que o identifica
como Jesus Cristo. A regra é que quase sempre a mãe que cuida e educa a
criança, isso se confirma pelo fato do Anjo, responsabilizá-la com uma série de incumbências. Essas
incumbências deveriam ser seguidas com muita seriedade, pois Sansão já seria
nazireu desde o ventre da sua mãe, consagrado ao Senhor, o qual deveriam se
abster de bebidas fortes, evitar tocar em cadáveres e, ter um sinal da sua
consagração que era não cortar os seus cabelos nunca. Normalmente os pais
faziam o voto de nazireu para os filhos que era um voto voluntário, mas nesse
caso foi dado pelo próprio Deus e deveria ser seguido a risca, para não sofrer
as consequências da quebra do voto. Sendo uma criança consagrada a Deus para
servi-lo dentro dos seus propósitos, era obrigação dos pais educá-la e
prepará-la para a missão planejada por Ele. Apesar de todo o cuidado dos pais
de Sansão em instruí-lo conforme o Senhor lhes ordenou, ele não seguiu os
conselhos dos pais e aventurou-se numa vida incoerente, que acabou trazendo
vergonha aos pais, como também envergonhando o nome do Senhor. Mesmo com toda a
educação que um filho recebe dos pais, nem sempre ele as segue e temos alguns
exemplos que a bíblia nos informa, como foi com os filhos do juiz e sacerdote
Eli, que eram profanos, adúlteros e rebeldes, sem qualquer condição de suceder
o seu Pai como Juiz e sacerdote. Temos os filhos de Samuel, que também eram
corruptos, sem qualquer condição de suceder o seu pai como juiz e sacerdote. O
povo sabendo disso, resolveu pedir a Samuel que fosse constituído um rei, renegando
o governo teocrático do Senhor.
3. SANSÃO UM JUÍZ DIFERENCIADO MAS DE UM CARÁTER INCONSTANTE.
Juízes 14.1 – E desceu Sansão a Timna; e vendo em Timna a uma
mulher das filhas dos filisteus, Juízes 14.2 – subiu, e declarou-o a seu pai e
a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; agora,
pois, tomai-ma por mulher. Juízes 14.3 – Porém, seu pai e sua mãe lhe disseram:
Não há porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu
povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E
disse Sansão a seu pai: Tomai-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.
Sansão foi o
décimo segundo juiz de Israel, o único a ser usado por Deus de uma forma
diferenciada dos demais. Apesar de toda recomendação do seu Pai para que seu
filho Sansão não se envolvesse com mulher da Filisteia, ele retrucou que iria
escolher a seu modo. A sua escolha dessa mulher filisteia de Timnate, contrariava
os seus pais, sendo que essa mulher lhe trouxe grande frustração por ser falsa
e leviana. Posteriormente ele se envolve com uma prostituta chamada Dalila,
sendo essa já encomendada para descobrir de onde Sansão tirava a sua força. Como
sabemos, Dalila era uma mulher astuta e infiel e usando de insistência conseguiu
descobrir a origem da força de Sansão. Como dizem, a força de Sansão estava nos
cabelos, o que é uma inverdade, pois a sua força não estava em hipótese alguma
nos seus cabelos. Sansão na realidade não era um homem forte a ponto de fazer
as proezas relatadas nas escrituras. A força dele quando enfrentava alguma
situação que a exigisse, vinha do Espírito Santo, pois em todas essas situações, diz que o Espírito do Senhor vinha sobre ele. Assim compreendemos a questão do
nazireato onde o Senhor desde o ventre da sua mãe já o havia consagrado,
significa que não havia algum voto tanto dele como dos seus pais e sim uma
condicional de Deus feita a ele enquanto vivesse. Como ele entregou para Dalila
o segredo que cortou os seus cabelos, o Espírito de Deus não veio mais sobre
ele quando ele precisou e com isso se tornou prisioneiro dos filisteus. Foi
humilhado pelos filisteus quando foi forçado a girar a roda de moinho como os
animais. No seu último ato, quando foi amarrado entre as pilastras do templo dos
filisteus, ele clama ao Senhor que lhe desse força naquele momento e o Espírito
de Deus veio sobre ele e conseguiu força para forçar as colunas e derrubar o
templo, matando a todos que estavam ali. Isso mostra que a sua força não era
própria e sim do Espírito de Deus que o tomava quando necessário. É preciso
buscar em Deus a direção antes que o coração se prenda a alguém, como também
ouvir o conselho dos pais. O casamento de um cristão deve ser sempre no Senhor,
pois casar com alguém destituído da vida cristão, implica em afrontar a
palavra e arriscando à infelicidade e a discórdia na sua vida conjugal.
Pastor Adilson Guilhermel
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