Lição 03: A Verdadeira Adoração | 2° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS
Texto Áureo: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24
Leitura Bíblica em Classe: João 4.5-7,9,10,19-24
Introdução: Quebrando a barreira da superficialidade. A Verdadeira Adoração quebra barreiras e Jesus quebra barreiras sociais, culturais e religiosas ao falar com uma mulher samaritana. Ele mostra que a adoração não está limitada a um povo, um lugar, ou uma tradição. Deus deseja adoradores de todos os lugares e ninguém está excluído. A conversa começa com água, mas Jesus leva ao tema da "água viva". Ele revela a verdade da vida da mulher com amor e graça, tocando sua alma. A adoração começa com um encontro verdadeiro com Jesus. Ele quer transformar o interior, não apenas rituais externos. A Verdadeira Adoração não está presa a lugares. A mulher pergunta sobre o lugar certo para adorar (Jerusalém ou Samaria). Jesus responde: “Nem neste monte, nem em Jerusalém...” — o lugar não é o foco. A adoração não depende de localização física, mas de um coração voltado a Deus. A adoração em Espírito e em verdade é o padrão que Deus procura, ou seja, com o coração, não apenas com os lábios. Com sinceridade, autenticidade, e à luz da revelação de Cristo. Quem adora de verdade, transborda e levam outros ao encontro com Cristo.
1. FOI NECESSÁRIO PASSAR POR SAMARÍA POR UMA ALMA.
João 4.5- Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
A passagem por Samaria não foi uma mera conveniência geográfica para Jesus. Foi um ato intencional, motivado pelo amor e guiado pelo Espírito, para alcançar uma pessoa específica que precisava desesperadamente do encontro com o Salvador. Essa narrativa nos ensina sobre a prioridade de Deus pelas almas perdidas e a importância de estarmos sensíveis à direção do Espírito para cumprir o Seu propósito no mundo.
2. O RETRATO DE UM SALVADOR CANSADO, MAS NÃO DESANIMADO.
João 4.6- E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
O retrato de Jesus cansado, mas não desanimado, junto ao poço de Jacó é uma poderosa ilustração de sua humanidade compassiva e de sua divina determinação em cumprir a obra da salvação. Ele nos ensina que mesmo em meio ao cansaço e às dificuldades, o amor pelas almas e a fidelidade ao propósito divino devem nos impulsionar a ir ao encontro daqueles que precisam de Cristo. Jesus estava no lugar certo e na hora certa para um encontro dentro da vontade de Deus.
3. POR UMA RAZÃO ESPECIAL A PERSONAGEM SURGE SOZINHA.
João 4.7a. Veio uma mulher de Samaria...
Deus sabe quem tem propensão para ser salvo e, Ele providencia os meios. A chegada da mulher samaritana solitária ao poço naquele momento específico pode ter sido parte da providência divina para facilitar o encontro individual e íntimo com Jesus. Se houvesse outras pessoas por perto, a conversa profunda e pessoal que ocorreu talvez não tivesse sido possível da mesma forma. A solidão cria um espaço para a vulnerabilidade e a abertura.
4. JESUS INICIA O DIÁLOGO QUEBRANDO BARREIRAS DA SUPERFICIALIDADE.
João 4.7b. .. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Ao iniciar o diálogo dessa maneira, Jesus demonstrou que seu interesse ia além de uma interação casual. Ele estava intencionalmente quebrando as barreiras de preconceito, tradição e superficialidade para estabelecer uma conexão genuína com a mulher e atender à sua sede espiritual mais profunda. O pedido de água foi apenas o ponto de partida para uma conversa transformadora que revelaria a identidade de Jesus e a natureza da verdadeira adoração.
5. A PERGUNTA DA MULHER CAUSA UM CHOQUE INICIAL, MAS O DIÁLOGO FOI ABERTO.
João 4.9-Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
A pergunta da mulher samaritana diante da iniciativa de Jesus revela um choque inicial compreensível dentro do contexto cultural e religioso da época. No entanto, sua resposta em forma de pergunta, em vez de rejeição, abriu as portas para um diálogo transformador que quebraria ainda mais barreiras e revelaria verdades espirituais profundas.
6. ÁGUA VIVA É UMA FONTE INESGOTÁVEL DE VIDA ESPIRITUAL QUE SACIA O CRENTE
João 4.10- Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Uma Fonte não um reservatório estagnado, mas algo que brota continuamente, simbolizando a natureza dinâmica e sempre presente da vida espiritual em Deus. Uma fonte espiritual é inesgotável, diferente da água física que pode acabar. A vida espiritual oferecida por Jesus é abundante e eterna, nunca se esgota para aqueles que crêem. A fonte de vida espiritual nutre e sustenta a dimensão espiritual do ser humano, indo além das necessidades físicas e emocionais. Ela aborda a sede mais profunda da alma por significado, propósito e conexão com o divino. Essa fonte tem o poder de saciar o cristão, que ao beber dessa água viva encontra satisfação plena e duradoura. A busca incessante por contentamento em coisas passageiras cessa, pois a verdadeira fonte de alegria e paz é encontrada em Cristo. A “fonte” de Jesus não está limitada ao poço físico, mas brota dentro da pessoa que crê
7. A MULHER RECONHECEU AS VERDADES DAS OBSERVAÇÕES SOBRE SUA VIDA.
João 4.19- Disse-lhe a mulher: Senhor vejo que és profeta.
Jesus revelou o conhecimento íntimo da vida da mulher e, essa demonstração de percepção espiritual quebrou as barreiras da defesa dela e a confrontou com a verdade sobre si mesma. Em vez de apenas acusar, Jesus ofereceu a ela a possibilidade de uma nova vida através da "água viva". Inicialmente, a mulher reage com espanto à demonstração de conhecimento de Jesus sobre sua vida pregressa. Sua pergunta: "Senhor, vejo que tu és profeta!" (João 4:19) indica que ela percebeu que Jesus possuía uma percepção sobrenatural de sua história. Em vez de negar ou tentar justificar seu passado, a mulher reconhece implicitamente a verdade das observações de Jesus. Ela não tenta se defender ou minimizar seus atos.
8. COM A PERGUNTA DA MULHER JESUS RESPONDE COM UMA NOVA PERSPECTIVA DE ADORAÇÃO.
João 4.20- Nossos pais adoraram este monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
A pergunta da mulher sobre o local correto de adoração "Nossos pais adoraram este monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar?" isso serviu como uma ponte para Jesus apresentar uma visão radicalmente nova e transformadora sobre a natureza da adoração. Em vez de se envolver em um debate sobre qual local era superior, Jesus elevou a discussão a um plano completamente diferente, revelando princípios atemporais sobre como Deus deseja ser adorado. Sua resposta marcou uma mudança de paradigma na compreensão da adoração, quebrando as limitações geográficas e rituais.
9. A FORMA CORRETA DE ADORAR A DEUS INDEPENDE DE LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA ESPECÍFICA.
João 4.21- Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
A essência da revolucionária mensagem de Jesus sobre a adoração, proferida em resposta à pergunta da mulher samaritana. A verdadeira adoração transcende as fronteiras geográficas e os templos físicos. Jesus declarou enfaticamente: "Deus é espírito" (João 4:24). Sendo assim, a adoração que lhe agrada deve também ser espiritual, originando-se do coração e da alma do adorador, e não primariamente de um lugar físico. Na sua conversa com a mulher samaritana, Jesus, mesmo transcendendo as barreiras sociais e religiosas, demonstra um reconhecimento da importância histórica e teológica de Israel no plano de salvação de Deus. Na distinção entre a fé samaritana e a fé judaica, Jesus aponta para uma diferença fundamental no conhecimento de Deus e na tradição religiosa. Os samaritanos tinham uma compreensão limitada das Escrituras e práticas religiosas distintas dos judeus.
10. JESUS COMO HOMEM SENDO JUDEU RECONHECE O PAPEL DE ISRAEL NO PLANO DE SALVAÇÃO.
João 4.22- Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
Ao afirmar que "a salvação vem dos judeus", Jesus reconhece que foi através da linhagem de Abraão, da nação de Israel, que o Messias (o Salvador) viria ao mundo, conforme prometido nas profecias do Antigo Testamento. Jesus, sendo ele próprio judeu, estava ciente de sua identidade e de sua missão como o Messias prometido a Israel. A salvação que ele oferecia tinha suas raízes na história e nas promessas feitas ao povo judeu.
11. JESUS REVELA SOBRE A NATUREZA DE DEUS E A VERDADEIRA ADORAÇÃO.
João 4.23- Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Em espírito refere-se a uma adoração que é genuína, sincera, que emana do nosso ser interior e é guiada pelo Espírito Santo. Não se limita a rituais externos ou formalidades vazias. Em verdade Implica adorar a Deus de acordo com a verdade revelada sobre Ele, conforme encontramos nas Escrituras e, principalmente, na pessoa de Jesus Cristo. Significa conhecer a Deus como Ele realmente é e responder a Ele em conformidade com essa verdade. A adoração em espírito, se refere a uma adoração que emana do coração, do espírito humano, com sinceridade, entrega e uma conexão genuína com Deus. Não se trata de rituais externos vazios, mas de uma atitude interior de reverência e fé. A verdadeira adoração não se resume a métodos ou formas específicas, mas à disposição do coração em se alinhar com a natureza de Deus e com a verdade. Através de sua conversa com a mulher samaritana, Jesus desvela uma compreensão profunda de Deus como um Ser espiritual que busca adoradores que se aproximem Dele com sinceridade de espírito e com base na verdade. Essa revelação redefine a adoração, libertando-a de limitações externas e a estabelecendo como um encontro íntimo e verdadeiro entre o coração humano e o Espírito divino.
12. DEUS QUER QUE O ADOREM EM ESPÍRITO COM UMA VIDA ALINHADA A SUA VERDADE.
João 4.24 - Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
A conversa com a mulher samaritana revela que Deus deseja ser adorado em espírito e em verdade, o que implica que a adoração em Espírito é uma entrega genuína do nosso ser interior, do nosso coração, com sinceridade, fé e reverência. É uma conexão espiritual com Deus que transcende rituais externos e formalidades vazias. É a nossa alma buscando e se conectando com o Espírito de Deus. A adoração verdadeira não se limita a momentos isolados de oração ou culto. Ela se manifesta em uma vida que busca viver de acordo com a verdade revelada sobre Deus. Isso envolve conhecer a Deus através de sua Palavra, reconhecer Jesus Cristo como o caminho, a verdade e a vida, e esforçar-se para viver em obediência aos seus ensinamentos. Nossa conduta, nossos valores e nossas escolhas devem refletir a verdade que professamos adorar. Em essência, Deus procura adoradores cuja devoção seja autêntica e que se traduza em uma vida que honre a Sua natureza e a Sua verdade em todos os aspectos. A adoração verdadeira é, portanto, uma experiência integral que envolve tanto o nosso espírito quanto a maneira como vivemos no mundo.
Pastor Adilson Guilhermel
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