Lição 01- O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE | 2° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS
Texto Áureo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
Leitura Bíblica em Classe: João 1.1-14
Introdução: Utilizando o texto áureo da lição vamos observar o seu significado
e interpretação de uma maneira bem simplificada, mas bem aprofundada.
O Verbo (Logos):
Na filosofia grega, "Logos" refere-se à razão divina, o
princípio organizador do universo. No contexto do Evangelho de João,
"Verbo" é identificado com Jesus Cristo, a Palavra de Deus que
existia desde o princípio (João 1:1).
Se fez carne:
A tradução de
"se fez" como "tornou-se" é crucial. Ela indica uma
mudança, uma transição de um estado para outro. No contexto de João 1:14, isso
aponta para a encarnação, o momento em que o Verbo divino assumiu a natureza
humana.
A Bíblia ensina a
pré-existência de Cristo. João 1:1-2 declara que o Verbo já existia "no
princípio".
A ideia de autolimitação, ou "kenosis" (Filipenses 2:5-8), é fundamental para entender a encarnação. Cristo, ao se tornar humano, voluntariamente limitou o uso de seus atributos divinos, assumindo a forma de servo.
Habitou entre nós:
A
tradução de "habitou" como "tabernaculou" é muito
significativa. Ela remete ao tabernáculo do Antigo Testamento, o lugar onde a
glória de Deus, a Shekinah, residia.
A comparação é
poderosa: assim como a Shekinah estava velada pela cortina do tabernáculo, a
glória divina de Cristo estava velada por sua humanidade. Isso não significa
que sua divindade desapareceu, mas sim que estava oculta.
O evento da transfiguração (Mateus 17:1-8, Marcos 9:2-8,
Lucas 9:28-36) é um momento crucial em que o véu da humanidade de Cristo é temporariamente
levantado, revelando sua glória divina. Esse evento confirma que, mesmo em sua
humanidade, Jesus possuía a glória que compartilhava com o Pai antes da
encarnação.
Cheio de graça e de verdade:
Essas qualidades descrevem a natureza de Jesus, revelando o
caráter de Deus ao mundo. A "glória" vista pelos discípulos é a
revelação da divindade de Jesus.
A divindade de Jesus: A encarnação afirma que Jesus é
Deus manifestado em carne humana.
A humanidade de Jesus: Jesus não apenas parecia
humano, mas experimentou plenamente a condição humana.
A revelação de Deus: Jesus é a revelação máxima de
Deus à humanidade, revelando o amor, a graça e a verdade de Deus.
A salvação: A encarnação é essencial para a
doutrina da salvação, pois através de Jesus, a humanidade pode se reconciliar
com Deus.
Contexto Bíblico:
O Evangelho de João enfatiza a divindade de Jesus desde o seu
prólogo, culminando na declaração de que o Verbo se fez carne. Essa passagem é
fundamental para a cristologia, o estudo da natureza e da pessoa de Cristo.
Em resumo, "O Verbo que se tornou carne" é uma expressão poderosa que encapsula a crença cristã na encarnação de Jesus Cristo, a Palavra de Deus que se tornou humana para revelar Deus e oferecer salvação à humanidade.
1. O VERBO SE ENCARNOU PARA TRAZER AO MUNDO LUZ E VIDA NO MEIO DAS
TREVAS.
João 1.1 – No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus. João 1.2 – Ele estava no princípio com Deus. João 1.3 – Todas
as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. João
1.4 – Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens. João 1.5 – E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Luz e Vida: Atribuições Reais
Aqui vamos discorrer sobre as atribuições de "luz e vida" a Jesus Cristo, apresentadas em "estilo real". Temos aqui uma interpretação teológica rica e profunda, as quais procuraremos esclarecer.
Na Bíblia, a luz é freqüentemente associada à revelação divina, à
verdade e à presença de Deus. Jesus, ao se autodenominar "a luz do
mundo" (João 8:12), reivindica para si essa prerrogativa divina.
Da mesma forma, a vida é uma atribuição divina, e Jesus se apresenta como "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6), e também "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância". (João 10:10). Essas declarações em "estilo real" indicam a sua autoridade e a sua natureza divina.
Jesus como Revelador de Deus
A analogia que estou traçando entre a fala que revela os pensamentos humanos e Jesus que revela o Deus invisível é perspicaz. João 1:18 afirma que "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou". Jesus, como o Verbo encarnado, é a manifestação visível do Deus invisível. Suas palavras e ações revelam o caráter, o amor e a vontade de Deus.
O Verbo e a Criação
Fazendo uma observação de que as palavras de Jesus precederam o
ato da criação é consistente com João 1:3, que declara: "Todas as coisas
foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido
feito".
"Verbo" (Logos) em João 1:1 refere-se à Palavra de Deus, a expressão divina através da qual o universo foi criado. Jesus, como o Verbo, é o agente da criação.
Implicações Teológicas:
Essas percepções reforçam a doutrina da divindade de Cristo e sua
relação única com o Pai. Elas também destacam o papel de Jesus como o revelador
de Deus, aquele que torna o Pai conhecido à humanidade. A associação de Jesus
com a "luz" e a "vida" enfatiza sua importância para a
salvação e a redenção da humanidade.
Em resumo, essa análise destaca a profunda conexão entre Jesus Cristo e as atribuições divinas de luz, vida e a palavra criadora, conforme apresentado no evangelho de João.
Jesus: Eterno e Divino
A afirmação de que Jesus "criou o tempo, precedeu o tempo, é eterno e divino" ecoa o prólogo de João 1:1-3, que declara que o Verbo (Jesus) existia "no princípio" e que "todas as coisas foram feitas por intermédio dele". Isso sustenta a crença na pré-existência de Cristo e sua natureza divina, coexistente com o Pai desde a eternidade.
Cristo: Instrumento da Criação e Redenção
Cristo é o "instrumento ou o meio pelo qual Deus realiza a
sua obra da criação e da redenção".
Colossenses 1:16-17 reforça essa ideia, afirmando que "nele
foram criadas todas as coisas... tudo foi criado por ele e para ele".
Além da criação, a redenção da humanidade é realizada por meio de Cristo, através de seu sacrifício na cruz.
A Vida de Deus em Jesus
A idéia de que "a vida de Deus estava inserida na natureza humana de Jesus, quando o verbo se fez carne" é crucial para a doutrina da encarnação. João 1:14 declara: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós". Isso significa que a vida divina de Deus foi manifestada na forma humana de Jesus, permitindo que essa vida fosse transmitida à humanidade.
Luz e Vida: Uma Analogia
A comparação da "vida verdadeira" com a "luz",
e a analogia com os "diminutos ciliados do oceano" que são
fosforescentes, é uma ilustração poderosa. Na Bíblia, a luz é freqüentemente
associada à verdade, à revelação e à presença de Deus. Como cristãos
"recebemos a vida de Cristo e, nós luzimos", isso implica que a vida
divina em nós irradia, refletindo a glória de Deus.
2. JOÃO BATISTA FOI O MODELO DE TESTEMUNHO DO VERBO ENCARNADO.
João 1.6 – Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. João 1.7 – Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. João 1.8 – Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz. João 1.9 – Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, João 1.10 – a Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
Os homens ainda são enviados por Deus, como João Batista o foi, para dar testemunho dele no coração de cada um. A missão de testemunhar a verdade de Deus não é apenas exterior, mas profunda e interior, e é a consciência humana que abriga esse testemunho. É o que chamamos de consciência interior. O mundo cego não o conheceu. Crer e receber são a mesma coisa.
1. João Batista como modelo de testemunho:
João Batista foi enviado para preparar o caminho para a revelação de Cristo. Ele foi um precursor, uma voz que clamava no deserto. Assim como ele, homens de fé ainda são chamados a ser testemunhas de Deus, apontando para a verdade divina, para o caminho que leva à salvação. O testemunho de João não era apenas em palavras, mas em uma vivência que refletia a vontade de Deus.
2. A Consciência Interior:
O testemunho de Deus não é algo que se impõe externamente, mas algo que acontece no coração, na consciência de cada ser humano. A consciência interior é o espaço onde o Espírito de Deus atua, revelando sua vontade e levando o homem a se arrepender e se voltar para Ele. Este é o local onde a verdade divina se encontra com a humanidade, um ponto de contato entre o eterno e o humano.
O mundo cego não o conheceu:
O mundo, em sua cegueira espiritual, muitas vezes não reconhece a ação de Deus em seu coração. A sociedade se afasta dessa verdade, preferindo confiar em visões temporais e materiais, em vez de buscar a luz que vem de dentro. No entanto, Deus continua presente, convidando aqueles que desejam verdadeiramente conhecê-lo a olhar para dentro, para a sua própria consciência.
Crer e Receber são o mesmo:
Crer não é apenas aceitar uma idéia, mas é abrir o coração para receber a presença divina. A fé é o ato de acolher o testemunho interior de Deus, permitindo que Ele transforme nossa vida. Quando se crê verdadeiramente, se recebe a ação de Deus, e essa recepção vai além da mente, tocando o coração e a alma. A missão dos homens, como foi a de João Batista, é dar testemunho de Deus não apenas com palavras, mas com uma vida que reflita a verdade interior.
Crer e receber, em sua essência, é dois lados da mesma moeda: é acolher a verdade de Deus em nosso coração e permitir que ela nos transforme. A consciência interior, portanto, torna-se o palco onde a revelação divina acontece, e onde Deus continua a nos convidar a conhecê-lo e a viver segundo sua vontade.
3. O VERBO EM NÓS, NOS DA O DIREITO DE SERMOS CHAMADOS FILHOS DE
DEUS.
João 1.11 – Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. João 1.12 – Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, João 1.13 – Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. João 1.14 – E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
O Direito de Ser Chamado Filho de Deus:
Quando aceitamos Cristo, somos adotados na família de Deus. O apóstolo João diz que "aos que O receberam, deu-lhes o direito de serem feitos filhos de Deus" (João 1:12). Esse direito não é dado por nossa própria capacidade ou esforço, mas pela obra redentora de Cristo. Ser filho de Deus não é apenas um título, mas um privilégio que transforma nossa identidade e nosso destino. Passamos a ser co-herdeiros com Cristo, compartilhando da Sua vida divina. Esse direito é concedido por Deus, e é Ele quem nos capacita a viver como Seus filhos, refletindo Seu amor e graça para o mundo.
O Embrião da Vida Divina:
O grande mistério da fé cristã é que, ao aceitarmos Cristo, Deus nos transmite o "embrião" da Sua vida divina. Essa nova vida é gerada em nós pela ação do Espírito Santo. Como o embrião se desenvolve e cresce também a vida de Deus em nós que precisa ser cultivada. O Espírito Santo trabalha em nós, guiando-nos em nosso crescimento espiritual e ajudando-nos a viver de acordo com a vontade de Deus. Assim, nossa união com Cristo não é estática, mas dinâmica. À medida que crescemos na fé, essa vida divina se manifesta mais claramente em nós.
Compartilhamos a Vida com o Próprio Filho de Deus:
A vida que recebemos é uma vida compartilhada com o próprio Filho
de Deus. Não é algo impessoal, mas uma relação profunda e íntima com Cristo,
que é o Filho eterno de Deus. Ao sermos chamados filhos de Deus, passamos a
fazer parte dessa família divina. Nosso relacionamento com Cristo nos aproxima
do Pai e nos dá acesso ao Seu amor eterno. A vida que Cristo nos oferece não é
apenas para a eternidade, mas para o presente. Ela transforma nossa maneira de
viver, de amar, de servir e de ser. Deixar Cristo entrar em nossa vida é o
primeiro passo para sermos chamados filhos de Deus. Esse é um direito dado pela
graça divina, não por nosso esforço, mas pela misericórdia de Deus em Cristo. Ao
receber essa vida, não só recebemos um título, mas uma transformação profunda
em nossa identidade, tornando-nos participantes da vida divina e co-herdeiros
com Cristo.
O embrião da vida de Deus em nós nos chama a crescer espiritualmente, a viver como filhos de Deus e a manifestar essa nova realidade em nossas ações, palavras e pensamentos.
O Convite para Deixar Cristo Entrar em Nossa Vida:
Cristo não força Sua entrada, mas oferece a porta aberta. A decisão de abrir o coração para Ele é nossa. Ele deseja habitar em nossa vida, ser parte de nossa jornada, e transformar nossa realidade. A entrada de Cristo é um ato de fé e aceitação. Quando O recebemos, não só O acolhemos como Salvador, mas também como Senhor de nossas vidas. Esse encontro não é superficial, mas profundo. Cristo entra, mas muda o interior de quem O recebe, criando uma nova realidade em nós.
O Direito de Ser Chamado Filho de Deus:
Quando aceitamos Cristo, somos adotados na família de Deus. O apóstolo João diz que "aos que O receberam, deu-lhes o direito de serem feitos filhos de Deus" (João 1:12). Esse direito não é dado por nossa própria capacidade ou esforço, mas pela obra redentora de Cristo. Ser filho de Deus não é apenas um título, mas um privilégio que transforma nossa identidade e nosso destino. Passamos a ser co-herdeiros com Cristo, compartilhando da Sua vida divina. Esse direito é concedido por Deus, e é Ele quem nos capacita a viver como Seus filhos, refletindo Seu amor e graça para o mundo.
O Embrião da Vida Divina:
O grande mistério da fé cristã é que, ao aceitarmos Cristo, Deus
nos transmite o "embrião" da Sua vida divina. Essa nova vida é gerada
em nós pela ação do Espírito Santo. Como o embrião se desenvolve e cresce
também a vida de Deus em nós precisa ser cultivada. O Espírito Santo trabalha
em nós, guiando-nos em nosso crescimento espiritual e ajudando-nos a viver de
acordo com a vontade de Deus. Assim, nossa união com Cristo não é estática, mas
dinâmica. À medida que crescemos na fé, essa vida divina se manifesta mais
claramente em nós.
Compartilhamos a Vida com o Próprio Filho de Deus:
A vida que recebemos é uma vida compartilhada com o próprio Filho de Deus. Não é algo impessoal, mas uma relação profunda e íntima com Cristo, que é o Filho eterno de Deus. Ao sermos chamados filhos de Deus, passamos a fazer parte dessa família divina. Nosso relacionamento com Cristo nos aproxima do Pai e nos dá acesso ao Seu amor eterno. A vida que Cristo nos oferece não é apenas para a eternidade, mas para o presente. Ela transforma nossa maneira de viver, de amar, de servir e de ser. Deixar Cristo entrar em nossa vida é o primeiro passo para sermos chamados filhos de Deus. Esse é um direito dado pela graça divina, não por nosso esforço, mas pela misericórdia de Deus em Cristo. Ao receber essa vida, não só recebemos um título, mas uma transformação profunda em nossa identidade, tornando-nos participantes da vida divina e co-herdeiros com Cristo. O embrião da vida de Deus em nós nos chama a crescer espiritualmente, a viver como filhos de Deus e a manifestar essa nova realidade em nossas ações, palavras e pensamentos. A encarnação de Cristo, como o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, é o momento decisivo da história da salvação. Deus, que era invisível e inacessível, tornou-se visível e acessível em Jesus. A Sua glória foi revelada de maneira plena, não apenas através de milagres ou discursos, mas também em Sua vida, morte e ressurreição. A graça e a verdade que emanam de Cristo nos convidam a uma relação mais profunda com Deus. Nele, recebemos a graça divina e somos conduzidos à verdadeira compreensão de quem Deus é. A encarnação nos revela que Deus não é um ser distante, mas alguém que se fez próximo caminhou conosco e compartilhou de nossa humanidade para nos salvar e transformar.
Elaborado pelo Pastor Adilson Guilhermel
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