Lição 12 – Quando Deus se Revela ao Homem
Texto Áureo: “Então, o Senhor respondeu a Jó desde a tempestade […].” (Jó 40.6)Leitura Bíblica em Classe: Jó 38.1-4; 39.1-6; 40.15-18,24; 41.1-3
Introdução: Jó chegando ao final do do estágio de grande sofrimento, tanto por perdas materiais, pela enfermidade, como pelos conflitos com os seus inquiridores, ele é surpreendido pela manifestação divina. Na escola da vida, Jó conseguiu ser aprovado, não com nota máxima vencendo os debates com os seus inquiridores, mas agora ele passa para a escola de Deus para uma pós-graduação. Isto porque, nos seus debates calorosos com os seus amigos, as falas de Jó vinham do seu próprio entendimento, dentro do que ele achava e pensava sobre as causas a respeito da sua situação, como também a questão da justiça divina. Deus ao falar com Jó em seus discursos aborda a questão da teodicéia, ou seja, a justiça divina, questão essa, que o Senhor leva dentro de uma ótica que Jó ignorava inteiramente. Jó completaria a sua pós-graduação quando se humilha e reconhece que nenhum dos propósitos divinos poderão ser impedidos. Para conhecer Deus, é preciso entrar na sua escola, onde deve ser estudado 66 livros, sendo 39 do antigo testamento e 27 do novo testamento que compõem a Sua biblioteca (Bíblia). Nessa escola é necessário que o professor seja aprovado por Ele e que saiba manejar bem a palavra da verdade.
1. EM MEIO AO CAOS IRRACIONAL QUE CERCA JÓ, DEUS SE REVELA PESSOALMENTE.
Jó 38.1 – Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse: Jó 38.2 – Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Jó 38.3 – Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me. Jó 38.4 – Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
Jó conseguiu derrotar os seus inquiridores com a argumentação de que a partir das realidades da vida a riqueza e bênçãos nem sempre são resultantes de retidão, pois ele perdeu tudo, mas manteve a sua integridade. Jó era como uma pedra bruta que precisava ser lapidada e, o único que tinha os meios para isso, era o próprio Deus. Jó na defesa da sua integridade, de alguma forma contestou a integridade de Deus fazendo parecer que Ele era injusto. Ele queria uma oportunidade de estar diante de Deus para expor suas razões e provar a sua inocência, pois não admitia com os seus inquiridores que tinha pecado. Essa oportunidade ele alcança quando repentinamente Deus se manifesta num redemoinho para falar com Jó. Ele desejava questionar Deus a respeito das Suas atitudes e ações para com ele, porque não conseguia entender o porquê do seu sofrimento e queria uma explicação para tal. Isso visto porque ele entendia ser um homem justo e sem pecado e não via razão alguma para tal sofrimento.
2. DEUS NA SUA SABEDORIA INFINITA PROMOVE A ORDEM E EQUILÍBRIO NA NATUREZA.
Jó 39.1 – Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das cervas? Jó 39.2 – Contarás os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto? Jó 39.3 – Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores. Jó 39.4 – Seus filhos enrijam, crescem com o trigo, saem, e nunca mais tornam para elas. Jó 39.5 – Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo, Jó 39.6 – ao qual dei o ermo por casa e a terra salgada, por moradas?
Deus pergunta a Jó se ele sabia sobre hábitos de alguns animais e seu período de gestação, coisas misteriosas como as cabras monteses e ele não tinha resposta. Com isso mostra a ignorância de Jó em questões simples da biologia e zoologia e nesse caso, como poderia ser tão arrogante ao ponto de querer questionar os julgamentos morais de Deus? Embora Jó não fosse um transgressor, ele precisava entender que o sofrimento humano tem um propósito. Deus fala desses animais quando tem os seus filhotes, não têm qualquer ajuda do homem, mas Deus garante que nada lhes falte nas difíceis condições em que vivem. Os animais aprendem por instinto a sua própria subsistência, porém Deus está no controle de tudo. Se é assim com os animais, o que se dirá em relação ao homem. O jumento selvagem ama a sua liberdade, mas quando o homem tenta domá-lo acaba reduzindo a sua natureza e o colocando debaixo de servidão. Deus usa isso como um comparativo em relação a liberdade que Ele dá ao homem, pois Ele na realidade não coloca o homem debaixo de servidão, mas de liberdade. Deus declara e afirma que as coisas com Ele, não são por força e nem por violência, mas sim pelo Seu Espírito. É Ele que instrui o homem sobre as condicionais necessárias para uma vida de afinidade consigo.
3. JÓ NÃO DOMINARIA O GRANDE ANIMAL COMO EXIGIR DE DEUS JULGAR SUA CAUSA.
Jó 40.15 – Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi. Jó 40.16 – Eis que a sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre. Jó 40.17 – Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos da suas coxas estão entretecidos. Jó 40.18 – Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro. Jó 40.24 – Podê-lo-iam, porventura, caçar à vista de seus olhos, ou com laços lhe furar o nariz? Jó 41.1 – Poderás pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda? Jó 41.2 – Podes pôr uma corda no seu nariz ou com um espinho furarás a sua queixada? Jó 41.3 – Porventura, multiplicará as suas suplicações para contigo? Ou brandamente te falará?
Deus no seu primeiro discurso dirigido a Jó aponta para o óbvio, mas ignorado, em relação ao processo da criação. As criaturas mitológicas a qual o Senhor usa no seu discurso, simbolizam os representantes perfeitos do poder do mal acentuando que a humanidade é incapaz de subjugá-los como também subjulgar o mal. Porém com toda força e poder desses animais ele se curva diante do Seu Criador, para que entendam que só ele é Deus e só ele tem a sabedoria para governar sobre todas as coisas. Jó nas suas falas referiu-se a Deus dizendo que os seus propósitos são obscuros e maus e ser indiferente à justiça. Os animais terríveis a qual Deus se refere são produtos da Sua criação, assim como os homens também e tudo está sujeito ao Seu controle, como também o próprio mal. Deus ilustra a força desse animal para contrastar o Seu poder e o poder dos homens. Esses animais terríveis e imbatíveis pelo homem, mas dóceis para com o Seu Criador e apontam para os ímpios arrogantes, tal qual, Jó estava se assimilando. Assim Deus vai com mansidão quebrando toda a sua arrogância mostrando uma realidade que Jó ignorava. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Tiago 4:6.
Pastor Adilson Guilhermel
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