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Lição 11 - A Teologia de Eliú: O Sofrimento É uma Correção Divina


Lição 11 – A Teologia de Eliú: O Sofrimento É uma Correção Divina

Texto Áureo: “Ao aflito livra da sua aflição e, na opressão, se revela aos seus ouvidos.” (Jó 36.15)
Leitura Bíblica em Classe: Jó 32.1-4; 33.1-4; 34.1-6; 36.1-5

IntroduçãoO sofrimento na vida de alguém de uma maneira geral pode vir por vários motivos e circunstâncias, mas não necessariamente por uma correção divina. Uma vida repleta de desgraças, de pobreza e miséria significa que é uma vida de sofrimento; e muitos vivem nessa condição e não se pode imputar a culpa a Deus. Há vários meios pelo qual a pessoa entra numa fase de sofrimento, isso no sentido físico e moral, os quais podem levar o indivíduo a um estágio aflitivo elevado. Deus dentro do seu plano de salvação pode operar numa pessoa em estágio de sofrimento elevado, meios para que ela venha se arrepender dos seus pecados e busque o Seu perdão. Isso porque Deus conhece todos os que têm propensão para a salvação, mas o coração endurecido pelo pecado o impede de tomar a decisão necessária. Assim, em um momento de sofrimento elevado, ou mesmo com medo de morrer, acaba entregando a sua vida para o Senhor. Como diz no popular; quem não vem pelo amor vem pela dor.  (“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Mateus 11:28).

1. Não se deve prejulgar alguém por causa do seu sofrimento, nem sempre é uma correção divina.
Jó 32.1 – Então, aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos. Jó 32.2 – E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus. Jó 32.3 – Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos; porque, não achando que responder, todavia, condenavam a Jó. Jó 32.4 – Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.
Após a fala dos três amigos de Jó entra um quarto personagem chamado Eliú. Era o mais novo entre eles e procurou iniciar a sua fala, não tanto em um tom acusatório, mas sim como o dono da verdade. Isso porque, como os três que o antecederam não conseguiram convencer Jó a confessar que havia pecado e se silenciaram, ele Eliú começa a impor os seus conceitos como se fossem absolutos a respeito do sofrimento de Jó. Era um jovem temperamental e expressou isso se irando com a postura irredutível de Jó em defesa da sua integridade e fidelidade para com Deus. Ficou também irado com os seus três amigos porque diante das argumentações de Jó, eles não tinham uma contra argumentação para rebater o que ouviam. Em todas as suas falas, ele se limitava sempre em acusar Jó de ter pecado, sempre levando para o lado da condenação. Eliú insinua que eles não tinham capacidade para estarem se confrontando com Jó nesse debate e sim ele próprio. Pessoas cheias de altivez e prepotência costumam agir dessa maneira. (A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Provérbios 16:18).

2. Quem se julga sábio aos seus próprios olhos e se acha dono da verdade só vê o erro de outrem.
Jó 33.1 – Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras. Jó 33.2 – Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar. Jó 33.3 – As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios. Jó 33.4 – O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
Os amigos de Jó que antecederam Eliú, insistiram que o sofrimento de Jó, era resultado de pecado cometido e que Deus o estava castigando por isso. No caso de Jó, nenhum deles estava acertando nas suas acusações, pois nem eles, nem o próprio Jó desconheciam o motivo verdadeiro daquela situação, pois era algo tratado entre Deus e Satanás. Eliú se julgava dono da razão, sincero, sábio e persuasivo colocando-se como autoridade espiritual e com inspiração divina para tratar da questão de Jó. Conforme o argumento de Eliú é possível que de uma forma didática, Deus venha a permitir que soframos, mas não em caráter punitivo, mas preventivo; ou para experiências mais elevadas em questões do Seu sobrenatural, ou para fazermos uma exame introspectivo e nos colocarmos na posição que ele quer e não a que nós queremos. (E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. Romanos 5:3,4).

3. Os arrogantes insistem em tomar atenção para si, mas as suas afirmações não são convincentes.
Jó 34.1 – Respondeu mais Eliú e disse: Jó 34.2 – Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim. Jó 34.3 – Porque o ouvido prova as palavras como o paladar prova a comida. Jó 34.4 – O que é direito escolhamos para nós; e conheçamos entre nós o que é bom. Jó 34.5 – Porque Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito. Jó 34.6 – Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão.
Tem gente que gosta de chamar a atenção dos outros para si próprio, mas sem afirmações convincentes para um debate teológico dentro de um tema a ser discutido. Não se entra em uma discussão teológica tentando explicar sobre Deus, com um coração e uma sabedoria cheia de soberba, pois é preciso um coração humilde para esse tipo de debate. Quem se enche de soberba, não cresce no saber e nem espiritualmente e sim regride. Temos que defender a grandeza de Deus e a sua justiça, mas nunca nos julgando mais conhecedores do que os outros. Provérbios 16.18 A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda. Na questão do pecado, quem é que castiga o pecador? Por acaso é Deus? Não, não é Deus e sim o próprio pecado é que castiga, pois uma vida em pecado, já está em sofrimento. Em todas as situações Deus sempre é justo e ninguém pode dizer ao contrário, embora tem os que assim o fazem. Temos que lembrar sempre que estamos debaixo da sua graça, ou seja, do Seu favor por nós que não merecemos e também contando pela fé com as suas misericórdias, pois elas são a causa de não sermos consumidos, pois as suas misericórdias não têm fim. Lm 3.22.
4. Quem se julga revelacionista com inspiração divina, é quem se estriba no seu próprio entendimento.
Jó 36.1 – Prosseguiu ainda Eliú e disse: Jó 36.2 – Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de Deus. Jó 36.3- Desde longe repetirei a minha opinião; e ao meu Criador atribuirei a justiça. Jó 36.4 – Porque, na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que é sincero na sua opinião Jó 36.5 – Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza; grande é em força de coração.
Eliú se vangloriava do seu conhecimento se julgando um profundo conhecedor dos mistérios de Deus. Na sua prepotência ele falava como um defensor de Deus, como se Deus precisasse de algum defensor. Deus não precisa de ninguém, nós é que precisamos e dependemos dele em toda nossa trajetória de vida. Eliú se achava um revelacionista afirmando que contava com as revelações divinas superiores a de outros amigos, o que na realidade era uma pura fanfarronice da sua parte. Na sua arrogância se julgava um porta voz direto de Deus em completo ar de menosprezo pelos outros. Deus sabe das nossas limitações em conhecimento, contudo não despreza ninguém por isso, muito pelo contrário, Ele quer que todos se esforcem em conhecê-lo como diz o Profeta Oséias: Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Oséias 6:3

Pastor Adilson Guilhermel

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